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Ação de coleta de dados pelos voluntários Mundo SEM Bitucas em apoio ao Projeto Ciência Cidadã

Atualizado: 30 de mai. de 2020

Por Natalia Zafra - 26.02.20


No último dia 15/02, a rede de voluntários do Mundo SEM Bitucas esteve presente para a coleta de dados da quarta campanha de um projeto de pesquisa de Ciência Cidadã: Avaliação do micro lixo nas praias de Santos realizado pela UNIFESP em parceria com o Instituto Mar Azul (IMA).

O nosso grupo saiu da cidade de São Paulo com a intenção de conhecer a realidade das praias de Santos e entender melhor sobre a metodologia utilizada por um projeto de pesquisa voltado para a Ciência Cidadã. Ficamos surpresos com a quantidade de microlixo encontrado na região do Canal 04, onde realizamos a coleta em 09 voluntários e mais uma vez a grande quantidade de bituca destaca-se em relação aos outros resíduos coletados.

Para Ítalo Braga, professor da UNIFESP e coordenador do projeto, o lixo marinho pode ser definido como qualquer tipo de resíduo sólido persistente, manufaturado que foi descartado, depositado ou abandonado, intencionalmente ou não, em ambientes marinhos incluindo o seu transporte por meio de rios, drenagens, sistemas de esgoto ou vento. Estudos recentes têm demonstrado que a fração desses resíduos caracterizada como micro lixo (< 50 cm) produzem impactos ambientais mais severos que o lixo convencional. Nesse sentido, o foco em micro lixo é objeto principal do Plano Nacional para combate ao lixo no mar, o qual é parte da agenda ambiental urbana brasileira. Considerando que o lixo marinho é um problema socioambiental complexo profundamente relacionado a setores como educação, economia, turismo, conservação de recursos naturais, saúde pública e justiça social, estratégias de combate devem preferencialmente envolver diferentes setores da sociedade. Portanto, é necessário mobilizar a expertise da academia, a experiência da sociedade civil organizada e a capacidade de gestão dos poderes públicos constituídos a fim de fazer frente a essa grave questão ambiental. Nesse sentido, o projeto “Avaliação quali-quantitativa do microlixo na orla de Santos” adotou uma iniciativa de ciência cidadã, arregimentando pessoas para realizarem levantamentos de dados científicos sobre o tema.  O estudo, incluiu crianças e adultos vinculados a escolas, clubes, grupos de escoteiros e universidades que voluntariamente atuaram no levantamento de informações sobre o lixo marinho. Os resultados preliminares mostram que as praias Santistas e Vicentinas estão bastante contaminadas por microlixo. Além disso, várias sugestões de políticas públicas, visando enfrentar o problema, serão elaboradas a partir dos dados obtidos pelos cientistas cidadãos. A realização desse projeto mostrou que o esforço comunitário e o engajamento de pessoas ambientalmente conscientes têm, ainda, grande potencial transformador. Esperamos que iniciativas semelhantes viralizem nos mundos virtual e real promovendo as mudanças de atitude necessárias para um planeta mais saudável.

Já para Gustavo Magalhães, participar da ação como voluntário representou um fim de semana memorável, pois ver a praia de Santos por esse ângulo - recolhendo Bitucas- foi uma experiência e tanto, uma vez que não fazia ideia de quanto as pessoas jogam esse lixo na areia – um terço de todo os dejetos recolhidos. Além de que a conscientização sobre o lixo foi ótima. Mas, para ele, a melhor parte da experiência foi ter contato com os demais voluntários. Quanta gente de bem (e com boas ideias) conheci no evento. Também afirmou que depois a ação, observa o lixo de uma nova maneira, pensando em como posso reciclar o que ele mesmo gera.

Muito importante esta parceria do terceiro setor com a acadêmica, para que sejam criados mais dados para entendimento da nossa realidade e buscar novas soluções em sinergia. Por mais projetos de Ciência Cidadã assim =)



Saiba mais sobre o projeto Mundo SEM Bitucas pelos links a seguir:







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